sexta-feira, 27 de maio de 2011

Aumentam licenças por dependência

     A cada três horas, uma pessoa é afastada do trabalho para tratar a dependência química no País, revela relatório do Ministério da Previdência Social.
     Apenas em janeiro deste ano, foram concedidas 2.506 licenças, por mais de 15 dias, para dependentes do consumo de álcool, maconha, cocaína, anfetamina.
     O número reflete apenas uma das faces da influência das drogas no mercado de trabalho, já que expressa o problema só entre os que têm carteira assinada no Brasil.
Os dados mostram ainda que a dependência está em alta entre empreendedores, médicos, advogados, economistas, lixeiros, professores, funcionários públicos, todos do grupo cada vez mais amplificado nas estatísticas de transtornos de saúde desencadeados pelo uso de entorpecentes.
"O aumento nos números é multifatorial", avalia o médico Jarbas Simas, presidente da Sociedade Paulista de Perícias Médicas.
"De uma maneira geral, a crise pela qual passa a sociedade, a econômica inclusive, está levando o ser humano a procurar rotas de fuga e isso reflete em maiores índices da dependência química.
Por outro lado, os métodos de diagnósticos, o controle das empresas com relação aos funcionários dependentes e a conscientização de que o assunto deve ser tratado como doença, também foi ampliado, o que influencia no aumento", afirma Simas.

Consumo de álcool e falência cardíaca

     Para a população geral, sugere-se que o consumo moderado de álcool (definido como a ingestão diária de até duas doses de álcool - para os homens) esteja associado a uma menor incidência de problemas cardíacos, efeito que não tinha, até então, sido descrito para sujeitos hipertensos.
     Assim, com o propósito de investigar se o consumo de álcool está associado a um menor risco de acontecimento de falência cardíaca, entre indivíduos hipertensos, foram analisados os dados de 5.153 médicos americanos,participantes do estudo longitudinal “Physician’s Health Study”.
     Esses sujeitos, diagnosticados como hipertensos e submetidos a tratamento específico (no passado ou presente), foram questionados sobre a freqüência de consumo de álcool, hábitos alimentares, histórico de hipercolesterolemia e diabetes, tabagismo, atividades físicas, além de informações gerais como idade, peso, altura e índice de massa corpórea (IMC).
     Os participantes foram entrevistados a cada 6 meses por um período de 18 anos.
     Nesse período foram identificados 478 novos casos de falência cardíaca. O consumo de álcool esteve associado, de forma dose-resposta, a um menor risco de incidência de falência cardíaca, independentemente do histórico anterior de infarto do miocárdio.
     Essa associação intensificou-se após o controle de possíveis fatores de confusão, entre eles, hábitos alimentares e atividade física.
     Assim, os autores sugerem que, entre médicos hipertensos, o consumo leve a moderado de álcool esteja associado a um menor risco de acontecimento de falência cardíaca.
     Porém, por se tratar de uma amostra bastante específica, esses resultados não podem ser extrapolados à população geral, mas consistem em evidência indicativa dos possíveis efeitos cardioprotetores comumente associados ao uso leve-moderado de álcool.
    



Você Sabia???

     :: A bebida alcoólica surgiu ao acaso durante o período Neolítico na pré-história
     :: Alexandre, o Grande, caiu inconsciente depois de beber muito em seu ultimo banquete e veio a morrer dias depois de doença relacionada ao abuso de álcool
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     :: A regulamentação do comércio de vinho passou a existir de forma mais consistente a partir da Idade Média.
     :: As mulheres russas proletárias no inicio do século XX colocavam bebida destilada nas chupetas de seus filhos
     :: Apesar do abuso de álcool ter sido sempre criticado durante a história humana, o conceito de dependência alcoólica só foi surgir no final do século XVIII e início do século .
:: Na Inglaterra do século XVIII o Gim era conhecido como a bebida de preferência das mulheres
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Alcoolismo
Dra. Sandra Regina da Silva
O comportamento humano de ingerir álcool (etanol; álcool etílico) é bem antigo. De acordo com registros arqueológicos, desde 6000 a.C. e na Idade Média, após a descoberta do processo de destilação, a bebida alcoólica passou a ser utilizada como remédio para alívio da dor. Em pleno século XXI, vemos o seu consumo facilitado por novas formas de oferta de álcool e, sobretudo, pela aceitação e incentivo da sociedade, apesar de ser considerada uma droga psicotrópica.

Ao ingerir álcool, todo indivíduo passa pelo efeito agudo, que pode ser estimulante (desinibição, euforia e facilidade para falar) ou depressor (descoordenação motora, desequilíbrio e sono). Através do metabolismo, o organismo remove a droga circulante. Porém, podem acontecer efeitos desagradáveis (dores de cabeça e mal-estar geral). A ingestão abusiva de bebidas alcoólicas pode acarretar a dependência de álcool. Tal condição é denominada alcoolismo. No alcoolismo, o organismo passa a ter tolerância crônica, que possibilita quantidades cada vez mais elevadas, aumentando as doses progressivamente para se livrar da abstinência. No quadro crônico, quando o indivíduo pára de beber por 6 ou 8 horas, acontece a síndrome de abstinência (problemas gastrointestinais, agitação psicomotora, distúrbio do sono e tremores nas mãos), sendo o delirium tremens a forma mais severa da síndrome. Como efeitos crônicos do álcool no corpo, surgem as doenças no fígado (cirrose hepática, hepatite alcoólica e esteatose hepática), entre outros problemas de sáude, como doenças cardiovasculares e traumatismos devido às freqüentes quedas.

Dentre os fatores biológicos e socioculturais como desencadeantes do alcoolismo estão os fatores psicológicos. Quando o indivíduo não se permite resolver seus conflitos emocionais, deixando de buscar algum tipo de ajuda, pode encontrar no consumo de álcool uma forma negativa de enfrentamento de vida, estabelecendo uma falsa crença de resolução. Em indivíduos alcoolistas, observam-se aspectos de estrutura de personalidade como intensa insegurança, distorção de valores, baixa auto-estima, introversão e rigidez de cárater. O tratamento do alcoolismo realiza-se através de medicamentos que amenizam os efeitos da síndrome de abstinência, desintoxicação, orientação nutricional e psicoterapia (individual e/ou familiar). Por se tratar de uma adição socialmente aceita, é difícil o reconhecimento por parte do dependente de que ele necessita de ajuda. Implicando tempo, perdas importantes (profissional, saúde e social), podendo afetar gravemente a estrutura familiar deste indivíduo. A bebida alcoólica pode fazer parte do nosso contexto social e cultural. Porém, devemos ter responsabilidade ao fazê-lo, pois é possível transformar um simples ato prazeroso em um problema, causando em nossas vidas e nas dos que nos cercam conseqüências destruidoras e irreversíveis. 




Drinque com energético é mais perigoso que álcool
Pesquisadores dizem que bebidas energéticas deveriam ter alerta no rótulo
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos indica que tomar bebida alcoólica com energético é mais perigoso do que consumir um drinque só com álcool. Por causa disso, os cientistas dizem que os energéticos deveriam vir com um alerta no rótulo indicando que a mistura com álcool é perigosa.

No estudo, realizado pela Universidade do Norte do Kentucky, 56 alunos foram divididos em quatro grupos. Eles receberam uma bebida alcoólica, energético, uma mistura dos dois ou um placebo (drinque não alcoólico). Os pesquisadores “maquiaram” os copos para que os voluntários não soubessem o que estavam tomando.

Os cientistas mediram os reflexos dos alunos depois de tomar uma dose da bebida e pediram que eles se avaliassem em quesitos como estimulação, sedação, fraqueza e nível de intoxicação.

Todos os estudantes que beberam álcool mostraram problemas de controle dos movimentos. Mas aqueles que tomaram a bebida energética tinham menos noção a respeito do seu estado alcoólico, o que aumenta o risco de condutas perigosas como dirigir bêbado.

Cecile Marczinski, professor envolvido no estudo, diz que misturar álcool e bebidas com cafeína (como Coca Cola e rum) não é algo novo. O problema é que as bebidas energéticas atuais têm cerca de três vezes mais cafeína, o que faz com que elas sejam muito estimulantes.

– Tipicamente, as pessoas não conseguem fazer bons julgamentos quando estão bebendo álcool. É aquela sensação de sono que faz com que elas percebam que está na hora de ir para casa. Isso [a bebida energética] pode fazer com que a experiência da festa se torne mais longa do que o indicado. 

Por que sentimos sede quando estamos de ressaca?

Quando ingerimos álcool, a tendência é que a substância seja eliminada através da urina. Isso pode levar a desidratação do organismo. A sede é uma resposta à necessidade corpórea de repor o líquido perdido.


Como é um composto prejudicial ao bom funcionamento das células, o álcool se torna altamente diurético. "Por isso, o organismo tenta eliminá-lo de alguma forma", explica o gastroenterologista da Fundação Riograndense Universitária (Furg), Antônio Silva.
De acordo com o especialista, as bebidas com maior teor alcoólico agravam a desidratação. O médico afirma que tomar água com a bebida diminui os efeitos da ressaca no dia seguinte.
"Ao tomarmos água intercalada com bebida, ajudamos o organismo a se hidratar. Ao mesmo tempo, bebemos menos, pois reduzimos a capacidade do estômago de receber líquidos".